quarta-feira, 27 de novembro de 2013

122 municípios do CE adotam plano acessibilidade

Projeto nacional chega ao Ceará propondo a melhoria em três áreas - educação, inclusão social e saúde

Com o intuito de beneficiar a vida dos portadores de deficiências, o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limites propõe a melhoria, principalmente, em três vertentes: educação, inclusão social e saúde. No Estado, 122 cidades já aderiram ao plano, lançado na tarde de ontem, no auditório do Palácio da Abolição.
O projeto, apresentado em 2011 pelo o governo federal e adotado pelo Ceará no fim de 2012, visa tornar as cidades mais adaptadas. O objetivo é que todos os municípios cearenses adotem o plano nacional Foto: Alex Costa

O projeto foi apresentado em 2011 pelo o governo federal e adotado pelo Ceará no fim de 2012. O Viver Sem Limites envolve todos os entes federais e prevê investimento de R$ 7,6 bilhões até o ano de 2014.

Josbertini Virgínio Clementino, secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, enfatiza a importância da filiação dos municípios. "O plano é muito amplo, mas para os recursos virem, é necessário que os prefeitos assinem a adesão", relata. É esperado que todos as cidades adotem.

Para o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira, o plano melhora na prática a vida das pessoas. "Quando a cidade é adaptada, é boa para todos" afirma.

O secretário, que possui deficiência visual, relata que o grande desafio é mudar a cultura. "O problema é que as pessoas ainda veem o deficiente como incapaz", diz.

O plano tem ações desenvolvidas por 15 ministérios e a participação do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade).

O principal objetivo é fazer com que as determinações da convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência sejam efetivadas por meio de políticas governamentais de acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e ampla acessibilidade.

Melhoria
Jerson Silva Carvalho é deficiente físico e afirma já ter percebido melhorias, mas que ainda é preciso mais investimentos. "Já tivemos muitas vitórias, mas é necessário que aconteçam ainda mais", relata.

O cadeirante afirma que os investimentos são muito bons e que devem ser feitos em maior quantidade na área da educação. "É preciso aperfeiçoar as escolas, de modo que elas fiquem acessíveis, e contratar profissionais capacitados para atender pessoas com deficiência", destaca Jerson Carvalho.

Maria Simone Fernandes Tavares, prefeita de Caridade, município a 92 Km de Fortaleza, conta que, na cidade, já existem projetos de acessibilidade. "Já temos algumas escolas adaptadas, mas o intuito é aumentar ainda mais os números", afirma.

De acordo com informações da Secretaria de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Estado do Ceará já possui 164 ônibus adaptados, habilitados a transportar cadeirantes, 1.596 escolas acessíveis, 2.969 salas de recursos multifuncionais e três centros de reabilitação em Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte.

Fonte: DN

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